ALENBIO

O blogue da cultura e das culturas. Da cultura de quem vive e sente o pulsar da Terra. E das culturas que vivificam a terra e o sonho de quem de afectos a semeia para depois, ternamente, lhe pedir o fruto.

segunda-feira, setembro 25, 2006

ESTAMOS ABERTOS II


PELA SUA SAÚDE!!!

quinta-feira, setembro 14, 2006

COMER SEM PESTICIDAS

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), consumir 400 g de fruta diariamente diminui o risco de cancro. No entanto, também pode representar um perigo quando aquela provem da agricultura convencional devido ao uso, quase sempre excessivo, de pesticidas e adubos químicos. A mesma OMS estima que o uso de pesticidas provoca anualmente em todo o mundo quase 30 000 mortos, a maioria deles nas grandes plantaçóes dos países pobres que servem para alimentar os países ricos.

UM ARSENAL CONTRA A VIDA

Os métodos agrícolas de exploração intensiva contaminam solos, águas superficiais e aquíferos com elementos tóxicos que prejudicam a fauna e a flora. Mas, o pior é a infiltração dos seus resíduos nos alimentos.
Durante décadas as autoridades sanitárias e o público em geral negaram-se a ver essa evidência. No entanto, a Comissão Europeia reconhece actualmente que a concentração elevada de pesticidas nos alimentos comuns implica riscos para a saúde das pessoas. O perigo maior provem dos fungicidas e dos insecticidas muitos dos quais têm efeitos cancerígenos, alteram o equilíbrio hormonal e prejudicam o sistema imunitário.

CADA VEZ MAIS RESÍDUOS

Apesar das directivas europeias e das leis de cada país, que estabelecem os limites máximos toleráveis para cada agente tóxico usado na agricultura, há cada vez mais transgressões: só em cinco anos, segundo dados do Instituto de Protecção dos Consumidores da Alemanha, duplicaram as amostras contaminadas em excesso, especialmente de uvas, pimentos, alfaces e morangos. É também cada vez mais frequente a presença de restos de vários pesticidas ao mesmo tempo nas frutas e hortaliças frescas.

RISCOS PARA A SAÚDE

Toxicólogos como Hermann Kruse, da Universidade de Kiel (Alemanha), acreditam que os valores limite de resíduos considerados seguros são demasiado altos e não têm em conta os efeitos hormonais, a afecção do sistema imunitário e o efeito cruzado entre pesticidas. Além disso, esses valores são fixados para adultos sãos em geral, sem considerarem a sensibilidade especial de cada sexo, a das crianças, a das grávidas, a dos fetos, a dos idosos e a das pessoas doentes.


COMO EVITAR A SOBRECARGA

É conveniente conhecer os três factores decisivos para que se produza uma sobrecarga de pesticidas nas frutas e hortaliças: o método de cultivo, a altura da colheita e o país de origem.
O método de cultivo – O problema dos pesticidas diz respeito, exclusivamente, aos produtos cultivados com métodos convencionais. O método de cultivo biológico proíbe a aplicação de pesticidas químicos. Portanto, os produtos vegetais, frescos ou transformados, com certificado biológico, são seguros e recomendáveis (análises efectuadas encontraram excepcionalmente, em doses muito baixas, resíduos em produtos contaminados por culturas vizinhas ou no transporte).
A altura da colheita – A presença de resíduos num mesmo alimento varia consideravelmente ao longo do ano; é menor na sua época própria e maior quando o seu crescimento foi acelerado, dentro ou fora de estufas. Daí que seja aconselhável comprar os produtos da época.
O país de origem – Regra geral, é mais provável que tenham sido utilizados mais produtos químicos nos alimentos frescos importados do que nos produzidos mais perto. Por isso, é preferível consumir os alimentos produzidos na região.

BIOLÓGICOS, A MELHOR ESCOLHA

As frutas e verduras de cultivo biológico não devem conter, por lei, nenhum pesticida. Corroboram-no várias análises independentes realizadas nos últimos anos. Em 2003 a Greenpeace procurou vestígios de pesticidas em mais de 900 produtos biológicos diferentes. Quase todas as amostras estavam totalmente limpas.
Do mesmo modo, análises de alimentos para bébés indicaram que 100% dos produtos biológicos usados na sua confecção estavam livres de resíduos químicos.


Artigo traduzido e resumido de INTEGRAL nº 317 Maio 2006

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