ALIMENTOS BIOLÓGICOS: cinco razões para os levar para casa
Melhoria da saúde
A agricultura biológica contribui para manter a saúde dos agricultores e dos consumidores por não utilizar pesticidas nem sementes transgénicas e, respeitando os ritmos naturais, produzir alimentos equilibrados em nutrientes. Além disso, o verdadeiro sabor dos alimentos é recuperado e a sua conservação é melhor do que a dos produtos convencionais.
Os cereais integrais não biológicos têm resíduos de pesticidas nas cascas, o que os torna mais perigosos do que os refinados.
Protecção da agricultura
A agricultura biológica contribui para manter o património genético, pois para deixar de usar pesticidas é imprescindível que as plantas cultivadas sejam autóctones.
Por outro lado o composto, como base da fertilização, faz do solo um meio adequado para albergar vida e alimentar os microorganismos que nele habitam, os quais vão pôr à disposição da planta os elementos de que necessita para a sua correcta alimentação. A fertilização química mata a vida microbiana do solo.
Protecção do meio ambiente
A agricultura biológica fertiliza a terra, travando a desertificação do solo; favorece a retenção da água e não contamina os aquíferos; fomenta a biodiversidade. Contribui, pois, de forma eficaz, para a descontaminação do ar, da água, do solo, da flora e da fauna, envenenados pela agricultura e a pecuária intensivas.
Ao consumir produtos biológicos está a contribuir para o aumento do seu cultivo e, portanto, a evitar a contaminação da terra, das águas e do ar.
Criação de uma sociedade mais justa
A agricultura biológica preserva a vida rural e, ao mesmo tempo, a cultura e a tradição das gentes do campo. Permite a produção, o comércio e o consumo locais, como bases da economia das regiões. Impulsiona a criação de postos de trabalho já que requer a presença dos agricultores. Devolve ao camponês a gestão das suas terras, libertando-o da dependência das grandes empresas e multinacionais de sementes e fitossanitários.
Consumir alimentos biológicos é uma escolha responsável que pode conseguir mudanças na actividade de empresas e administrações, orientando-as para métodos e produtos mais respeitadores do meio ambiente e da saúde de todos.
A agricultura biológica complementa-se com o desenvolvimento de uma nova indústria alimentar, que produz alimentos verdadeiramente sãos e nutritivos, sem aditivos que só servem para uma armazenagem prolongada, para ocultar a falta de sabor e má textura dos produtos obtidos com as técnicas da agro-química, e para comercializar estes produtos em lugares longínquos, usando transportes dispendiosos e fomentando o desperdício e a extravagância.
Permitir uma verdadeira economia
Os produtos biológicos não ficam mais caros para a economia familiar, pois protegem a saúde da família e cobrem melhor as necessidades de nutrientes com menor quantidade do que os outros.
Segundo dados oficiais, 60% das doenças degenerativas estão relacionadas com a alimentação. O consumo generalizado de alimentos biológicos implicaria uma grande poupança, tanto para as famílias, como para os governos.
Com o consumo de produtos biológicos contribui-se para a poupança de energia e para a reciclagem. A agricultura industrial ou agro-química, considerando os custos de produção e de descontaminação posterior que implica, é muito mais cara para os contribuintes e para os governos. Ao passo que a agricultura biológica é uma forma de produção que não só leva em consideração os aspectos relacionados com a saúde e o meio ambiente, como regenera e enriquece o património do agricultor e, portanto, da Natureza.
In ESPACIO NATURAL nº 34
(artigo traduzido e adaptado)
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