Divagando devagar
Sobre as mãos diz o poeta que tudo fazem e desfazem.
Sobre as mãos digo eu, que não sou poeta, que têm algo de asa e de flor: quando acariciam a terra e a fazem frutificar, quando dançam com as palavras criando-lhes sentidos, quando se perdem na música e a beleza acontece.
Além dos olhos, onde mergulho até à alma, é nas mãos que me prendo: frágeis… robustas… delicadas… exuberantes… firmes… suaves… Sinto-as deslizar nos sentidos – instrumentos de Eros despertando prazeres…
Vivam, pois, as MÃOS de quem amo!
As mãos são tuas.
O desejo é meu:
de as agarrar quando mergulham,
em voo picado,
na atenção com que te escuto;
quando dançam,
tão asas no vento,
oferecidas aos meus olhos.
E se o gesto pára
são pássaro em perigo
à mercê do salto felino
deste gato que me enche o peito.
M.M.Cruz
As mãos são tuas.
O desejo é meu:
de as agarrar quando mergulham,
em voo picado,
na atenção com que te escuto;
quando dançam,
tão asas no vento,
oferecidas aos meus olhos.
E se o gesto pára
são pássaro em perigo
à mercê do salto felino
deste gato que me enche o peito.
M.M.Cruz
2 Comments:
Belas e sábias palavras. Mais comentários para quê, o sentir, sente-se e nada mais.
http:Vivaredondo.blogspot.com
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