ALENBIO

O blogue da cultura e das culturas. Da cultura de quem vive e sente o pulsar da Terra. E das culturas que vivificam a terra e o sonho de quem de afectos a semeia para depois, ternamente, lhe pedir o fruto.

domingo, janeiro 28, 2007

AMANHECER II

(Lembrando Miguel Torga. Sempre.)

DESPERTAR


Na alta e larga janela
Aberta aos longes do Sul,
Emoldurou-se uma tela
De céu azul.

Nenhuma nuvem, nenhuma pena.
Serenidade
Que não responde, se alguém acena,
Que não tem seiva de humanidade.

Ali, os olhos não choram pranto,
Nem os ouvidos querem ouvir.
Muda paisagem, o seu encanto
É não dar ânsias de a possuir.

Fecho a janela, mato o nirvana.
Tenho raízes.
Regresso à terra, quente e profana,
Onde os sentidos são mais felizes.

2 Comments:

At 28 janeiro, 2007 19:56, Anonymous Anónimo said...

Da minha baixa mas larga janela, adivinho o Sul e contemplo o céu azul... vejo-vos incansáveis na labuta diária e surpreendo-me com a visita de uma águia, aqui, no meio da barulhenta cidade.
Beijos e visita a vossa caixa de correio.

Isabel

 
At 20 fevereiro, 2007 23:52, Anonymous Anónimo said...

Olá meus kidos, este poema é muito bnitxxxx da Carina do Algarve!!!!

 

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